Cesta básica fica mais barata em agosto

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Cesta básica fica mais barata em agosto, apesar da inflação.

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Em julho, o índice que mede a inflação da cesta básica teve alta de 2,56%. No entanto, agosto registrou queda de 1,88% no país. Os dados são do levantamento feito por professores do curso de economia da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná)

A série histórica teve início em setembro do ano passado, as informações indicam a maior baixa registrada em um ano, segundo o levantamento.

Até agosto, considerando o acumulado de 12 meses, a cesta básica registrou alta de 25,9%. Até julho, a alta ficou em 30,1%.

Esse resultado indica que a alta nos preços atingiu um patamar acima da inflação oficial do Brasil, a aferição oficial é divulgada como IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Até o mês anterior, o indicador subiu 8,73%, segundo o IBGE.

O levantamento considera a inflação de 13 alimentos, os itens também estão presentes na aferição do IPCA. Nove deles tiveram recuo no mês anterior.

Itens e preços da cesta

A queda nos preços ocorreu nos seguintes itens: tomate (-11,25%), óleo de soja (-5,56), feijão carioca (-5,39%), contrafilé bovino (-1,29), batata inglesa (-10,07%), arroz (-0,42%), café (-0,50%) e arroz (-0,42%).

Além dessa queda, outros itens apresentaram alta no mês anterior. A maior elevação foi da farinha de mandioca; 1,43%, logo em seguida, a banana prata, 1,42%, margarina com 1,08% e pão francês, 1,12%.

Explicação para os resultados

O coordenador do curso de economia da PUCPR, Jackson Bittencourt, explica o motivo dessa queda nos preços.

A sequência de altas observada nos preços chegaria a um momento em que arrefeceria, de acordo com o professor. Outros motivos pontuados por Jackson é que as melhores variáveis do clima beneficiaram a produção, e, por sua vez, a oferta das mercadorias, na outra ponta, a baixa nos combustíveis diminuiu os custos relacionados ao transporte.

Essas condições favoráveis, por outro lado, não significam, necessariamente, que os preços dos alimentos estão menores. Um dos mais importantes itens da cesta básica, o leite, na comparação dos 12 meses acumulados até agosto, teve alta de 60,81%.

O preço do Auxílio Brasil só compra cesta básica em 5 capitais

De 17 capitais analisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), apenas 5 tinham a cesta básica abaixo dos R$ 600 reais, o mesmo valor do auxílio.

As cinco capitais estão no Nordeste: a mais próxima do valor é Recife, R$ 598,14; Natal, R$ 580,74; Salvador, R$ 576,93; João Pessoa, R$ 568,21 e Aracaju R$ 539,57.

As regiões mais ao sul do país tiveram o preço da cesta básica maior. São Paulo, R$ 749,78. Logo após, duas capitais do sul tiveram preços altos, Florianópolis com R$ 746,21 e Porto Alegre R$ 748,06. A capital fluminense teve valor registrado em R$ 717,82. O trabalhador que é contratado pelo salário mínimo, após os com descontos, se comparado com o custo para adquirir a cesta, teve 58,54% dos rendimentos mensais comprometidos para se alimentar.

O percentual verificado em julho esteve maior, a deste mês ficou em 59,27%. Em agosto do ano passado, a proporção esteve em 55,93%.

 

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