Produtividade da indústria cresce, segundo IBGE

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Produtividade da indústria cresce em 4 de 15 locais analisados

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Segundo IBGE, a produção industrial aumentou em quase um terço do total analisado entre junho e julho, os dados são da Pesquisa Industrial Mensal Regional (PMI) divulgada na sexta-feira (9).

Entre a maior taxa de produção por estado, o Rio de Janeiro registrou 0,7%, Santa Catarina 1,9%, Mato Grosso 3,7% e Pará com 4,7%. Segundo o instituto, esses estados tiveram aumento maior do que a média nacional.

No país, a atividade industrial avançou 0,6% entre junho e julho. No mês passado, a taxa teve queda de 0,3%, divulgou o IBGE.

Entre os dois meses, o avanço ocorreu em decorrência do aumento no setor alimentício, que registrou alta de 4,3%.

Espírito Santo é destaque negativo na composição

No mês passado, a queda havia sido de 1,3%. No último resultado, o impacto negativo do estado ficou em 7,8% de junho para julho.

Logo após, com 7,3%, está a Bahia. O ganho registrado entre fevereiro e junho foi de 7,6%, diluindo o resultado acumulado precedentemente.

Segundo o instituto, o Nordeste registrou queda de 6%, e em três meses consecutivos, a produção teve recuo de 6,8%. Em comparação com junho, São Paulo, detentor do maior parque industrial, teve queda de 0,6%.

Outros pontos da indústria

Os indicadores de faturamento, massa salarial, rendimento médio e empregos na indústria tiveram aumento entre junho e agosto, de acordo com dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

O relatório indica que o aumento tem como causa a recuperação do poder de compra das famílias e as maneiras que a indústria tem encontrado para driblar a dificuldade relacionada aos insumos.

Papel do emprego na produtividade

O emprego avançou 0,5% em julho em comparação com junho. O rendimento médio teve alta de 1%, massa salarial, por sua vez, teve aumento de 1,3%. O indicador não leva em consideração as épocas sazonais.

Se compararmos com o mesmo período do ano passado, esse aumento registrou 2,3% enquanto o rendimento médio real registrou 5,0%. A massa salarial alcançou 7,3%, o faturamento, no entanto, teve queda registrada de -0,1%.

Desde março de 2020, o índice sobre massa salarial não havia registrado alta tão expressiva. O rendimento, por sua vez, teve sua alta recorde desde janeiro do ano passado.

Produtividade

Especialistas dizem que é necessário um PIB de qualidade no país, que só será alcançado com o aumento da produtividade.

Alguns dos pontos a ser buscar é o aprimoramento das instituições, a correção de distorções no sistema tributário e a preocupação com a formação e aprimoramento da mão de obra no país.

Uma questão premente que preocupa se trata da dificuldade em aumentar a produtividade do país, segundo Bernardo Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCif), a ritmo da produção tem sido oscilante durante os últimos 40 anos.

Um relatório sobre a série de produtividade anual da economia brasileira promovido pela FGV Ibre, compara a trajetória da produtividade por hora trabalhada com aspectos de bem-estar econômico, levando em conta a renda per capita, entre o período de 1981 e 2021.

Os dados evidenciam a relação entre produtividade e bem-estar considerando um amplo período de tempo. Isso está claro uma vez que entre 81 e 2021, a renda per capita cresceu 0,8% ao ano e a produtividade por hora trabalhada teve incremento de 0,6% a.a.

Outro fator levado em consideração trata de uma análise sobre os períodos 1990-2000 e 2000-2010, nesses períodos, a renda per capita teve alta de 1% a.a para 2,3% a.a. Uma variação representada em 1,3 p.p. Entre o mesmo período, quando vemos o nível de produtividade, o aumento foi de 0,7% a.a para 1,6% a.a, variação, portanto, de 0,9 pontos percentuais.

No cenário atual, o Brasil alcançou o sétimo melhor desempenho entre as principais economias do mundo neste ano. Considerando o segundo semestre. O resultado foi medido por um levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating.

 

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