Última deflação foi registrada em 2020.
Embora a taxa seja a menor em quarenta anos, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) no acumulado de 12 meses ainda está em dois dígitos.
Segundo IBGE informou nesta terça-feira (9), a queda foi puxada apenas pelos setores de Transportes e Habitação dentre os nove pesquisados pelo instituto.
Deflação causa pressão sobre os mais pobres
O segmento de bebidas e alimentação continua em alta, com leve aceleração, o resultado incide sobre os mais pobres. Segundo a Bloomberg, mediante análise de especialistas, a projeção era de queda menos expressiva em julho, pouco abaixo, de 0,65%. Em junho, o índice subiu a 0,67%.
Dois dígitos em doze meses
Embora tenha havido trégua mensal, o índice segue seu ritmo de aceleração em comparação de doze meses. Até julho, alta alcançou 10,07%. Em relação ao mês anterior, essa tendência bateu 11,89%.
O índice está acima de 10% há 11 meses. O início foi em setembro do ano passado. A última vez que o índice esteve tão alto foi durante 2002 e 2003. O índice esteve em dois dígitos por 13 meses, de novembro de 2002 até o mesmo mês de 2003.
Combustíveis e energia na contramão dos alimentos; deflação aflige
O mês de julho trouxe a primeira deflação desde maio de 2020, naquele ano a baixa foi de 0,38%, resultado das restrições sanitárias em razão da pandemia.
Segundo IPCA, julho teve influência do grupo de transportes, com queda de 4,51%. Este segmento foi responsável por –1 ponto percentual. Isto ocorreu por causa da redução nos preços dos combustíveis, 14,15%. A gasolina atingiu redução de 15,48%, enquanto o etanol recuou 11,38%.
Dentre os 377 subitens considerados na composição do índice, a gasolina foi a que mais impactou negativamente, -1,04 ponto percentual.
O gás veicular também caiu, -5,67%. Enquanto o óleo diesel foi o único combustível que teve alta, 4,59%. No mês anterior, o percentual ficou em 3,82%.
Projeções para anos seguintes
Analistas vêm reduzindo as projeções para inflação em 12 meses para 2022. A estimativa do mercado financeiro recuou para 7,11%, ainda mantendo alta. Os dados são do boletim Focus, divulgado na segunda-feira (8) pelo Banco Central.
Enquanto isso, a projeção para 2023 é de 5,36%.
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