PIB do 3º trimestre pode transparecer juros altos
Os primeiros dois trimestres do ano trouxeram um aumento tímido de 1% do PIB, no entanto, o trimestre de julho a setembro tende a demonstrar desempenho abaixo disso. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (1º).
É aventado entre especialistas, a possibilidade do desempenho do PIB começar a transparecer o cenário de juros altos. Em um movimento expressivo de elevação da taxa básica de juros, a Selic, a ferramenta de controle da inflação foi de 2% ao ano, em março de 2021, para 13,75% em agosto deste ano. Ciclo semelhante ao começo dos anos 2000.
O primeiro trimestre do ano teve crescimento de 1,1% e, no segundo, 1,2% do PIB.
De acordo com ajustes sazonais, a partir do Monitor do PIB, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), a previsão para o crescimento do terceiro trimestre é cotada a 0,4%, a alta surge a partir da comparação com o trimestre precedente.
Na comparação interanual, no entanto, o crescimento teve variação positiva de 3,2%. Na base de análise mensal, setembro registrou queda de 0,4%; em comparação ao mesmo período do ano passado, essa alta vai a 2,3%.
Consumo das famílias
Ainda segundo o Monitor, o consumo das famílias também cresceu no terceiro trimestre; alta de 5,6%. Entre os aspectos pertinentes a esse assunto, o consumo de produtos não duráveis vem apresentando influência no crescimento do consumo das famílias. Acerca dos produtos duráveis, a queda deste segmento vem sendo observada há algum tempo.
Exportações
O terceiro trimestre indicou aumento de 6,3% nas exportações de bens e serviços. O resultado é composto por praticamente todos os segmentos, com destaque das exportações de bens intermediários e dos serviços. O único recuo é proveniente do segmento extrativo mineral, com baixa de 0,9%.
Por outro lado, as importações de bens e serviços também cresceram; a alta no terceiro trimestre foi de 7,4%. O resultado recebeu influência dos bens intermediários, importação de serviços e bens de capital.
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