Deflação no terceiro trimestre pode ser recorde

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Deflação no terceiro trimestre pode ser recorde

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Há motivos para esse possível cenário. O IPCA está sendo impactado pelas desonerações capitaneadas pelo governo e, também, pelo corte nos preços dos combustíveis anunciados pela Petrobras.

Essa conjuntura é responsável por indicar a possibilidade de ocorrer a maior deflação por trimestre do Plano Real.

O índice já registrou duas quedas consecutivas em julho e agosto. Analistas dizem ser possível que setembro traga uma taxa maior ainda.

O terceiro trimestre de 1998 registrou o IPCA em 0,85%, foi a maior desde a implementação do Plano Real. No entanto, projeções indicam que caso o índice atinja 0,18% neste mês, isso representaria uma deflação de 0,86%.

Projeções do mercado

Algumas estimativas preliminares já apontam o mesmo cenário. Bank of America projeta em -0,15%, Barclays em -0,10%, Greenbay Investimentos em -0,20% e XP Investimentos em -0,14%.

Mercado ainda vê possibilidade de alta de juros

O índice de difusão mede a proporção de produtos com alta de preços. Entre julho e agosto, este índice subiu de 63% para 65,25%, o que indica que embora menos disseminada, a alta de preços ainda acompanha a maioria dos itens analisados, segundo o gerente de pesquisa do IBGE, Pedro Kislanov.

Analistas confirmam a possibilidade da taxa básica de juros, a Selic, chegar a 14%. Hoje está em 13,75%.

Grupos que tiveram aumento

Alguns grupos se destacam pelo aumento em agosto. Saúde e cuidados pessoais: 1,31%. Alimentação e bebidas 0,24%, embora tenha desacelerado em relação a agosto.

O segmento Vestuário subiu 1,69% e foi a maior variação positiva do IPCA do mês passado. Além desses segmentos e da dinâmica observada, a inflação se espalhou para itens de higiene pessoal, aluguel residencial e móveis e cursos de educação. As altas acumuladas variam entre 7% e 22% em 12 meses.

A questão que ronda instituições e o senso comum, trata de quando os juros podem começar a cair no ano que vem. Segundo fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a inflação ainda não está controlada e, portanto, não há horizonte próximo em que os juros possam cair.

Mediante a análise dos dados da inflação, o Banco Central pode adiar cortes. O esperado é que o início desse processo ocorra no segundo semestre de 2023.

O que é deflação?

Ao contrário da inflação, que é quando os preços sobem. A deflação ocorre quando há reajuste da média de preços para baixo. Ou seja, o índice negativo da inflação.

O fenômeno ocorre quando há uma “anomalia” no funcionamento da economia, segundo especialistas.

No Brasil, isto ocorreu como consequência direta da mudança feita no ICMS de combustíveis e energia elétrica.

A inflação, medida pelo IBGE, considera os combustíveis e a energia elétrica como partes relevantes do cálculo. Portanto, com a mudança feita nos tributos que incidem sobre esses itens, a taxa foi reajustada para baixo.

 

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