Censo 2022: dificuldades e prazos

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Censo 2022 conclui menos da metade dos setores censitários.

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O Censo Demográfico 2022, em processo de quase chegar ao dia da eleição, concluiu apenas 30% das exigências em relação à coleta de informações por setores, informações inerentes à composição da pesquisa. O resultado está presente na última divulgação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Os setores censitários dizem respeito à divisão da extensão territorial do país por áreas urbanas ou rurais e permitem acompanhar o desenvolvimento das operações. O Censo desse ano registrou 452,2 mil. Os recenseadores do instituto começaram a coletar as informações em 1º de agosto.

Previsão para o fim das atividades

Segundo estimativas do órgão, divulgadas diversas vezes, a estimativa, a princípio, tinha as entrevistas nos domicílios em até três meses, o término dessa etapa estava previsto para o fim de outubro. No entanto, segundo os últimos dados divulgados, apenas 26,7% dos locais com dados elegíveis já foram concluídos. Em 37,7% dos espaços, o processo ainda se desenvolvia. Os setores que sequer tiveram início no processo somam 35,7%.

Escopo de ação

Segundo o instituto, do total de 215 milhões de pessoas que o Censo projetava alcançar, o número já recenseado é de 95,7 milhões de pessoais no país.

Histórico do Censo

As informações mais recentes do Censo disponíveis são de 2010. As informações tornadas públicas à época pelo instituto sinalizam que aquele processo de coleta das informações estava em velocidade mais avançada do que o atual. De 1º de agosto a 27 de setembro de 2010, para efeito de comparação, a coleta das informações já havia chegado a 80% da população estimadas, à época, no Brasil.

Falta de pessoal

Um dos problemas enfrentados pelo instituto é a dificuldade em preencher as vagas, além de ser alvo de constantes críticas por queixas sobre repasse de valores e a quantidade aquém do esperado. O IBGE disse que houve dificuldade em preencher vagas em regiões do país com maior percentual de pessoas sem ocupação. No mesmo anúncio, o instituto informou possuir 144,6 mil profissionais em atuação. Os dados são de agosto.

Segundo dados do instituto, Mato Grosso é o estado com menor percentual de setores censitários concluídos: 13,4%.

São Paulo, apesar de ser um dos mais relevantes estados da federação, tem proporção em 22,2%. Sergipe, por outro lado, tem 39,5% dos setores concluídos.

Para que serve o Censo?

Os dados são recolhidos de dez em dez anos. As informações apuradas mediante análise desses dados servem como base para políticas públicas. Além disso, é passível de influenciar medidas de investimentos da iniciativa privada.

A última edição do Censo estava prevista para 2020, no entanto, a pandemia adiou o levantamento em dois anos seguidos. No ano passado, o que impediu a realização dos trabalhos foi o corte de verba destinada para o Censo.

O orçamento para o projeto deste ano havia sido estimado em mais de R$ 3 bilhões, no entanto, o IBGE contou com um valor um pouco abaixo disso. R$ 2,3 bilhões.

 

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