Internet chega a 90% dos domicílios em 2021

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nessa sexta-feira (16), o uso da internet chegou a 90% dos domicílios no país em 2021. A alta em relação a 2019 é de seis pontos percentuais.

Os dados sobre domicílios com telefone móvel celular também indicam aumento, entre 2019 e 2021, a taxa foi de 94,4% para 96,3%.

As informações compõem o levantamento da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) que considera o quarto trimestre do ano passado.

Crescimento do uso da internet por áreas

O aumento acompanhou os aspectos sociais relacionados às áreas, a taxa de uso de internet nos domicílios em áreas urbanas, era de 88,1% em 2019 e chegou a 92,3% em 2021.

Por sua vez, a taxa de uso em áreas rurais era de 57,8% em 2019 e chegou a 74,7% em 2021. O instituto assinala que a aceleração do crescimento em áreas rurais diminuiu a diferença em relação às áreas urbanas.

Em uma análise que considera as macrorregiões, uma das mais relevantes foi a região Nordeste, que registrou aumento de 9,4 pontos percentuais durante o período analisado, apesar disso, foi também uma das regiões com menor percentual de domicílios com acesso à internet. (85,2%).

O Brasil também apresenta um aspecto interessante em relação ao rendimento médio de lares com acesso à internet, nesses domicílios, a média per capita foi de R$ 1.480,00. Esse dado representa quase o dobro do rendimento médio per capita de lares sem acesso a esse tipo de serviço, R$ 795. A disparidade está presente em todas as grandes regiões do país.

Outros aspectos da pesquisa

Em 2021, o telefone fixo convencional foi um dos itens presentes em 15,6% das residências no país. Em comparação a 2019, houve queda nesse aspecto, a taxa era de 23,1%; ambos os tipos de telefonia apresentam disparidades nas áreas urbana e rural.

O telefone móvel celular tinha taxa de 97,2% em 2019, e o telefone fixo, 17,2%. No entanto, o celular em áreas rurais apresentava taxa de 90% nesses domicílios, e o telefone fixo apenas 5%.

O celular tende a ter mais presença em todas as áreas, variando de 94,2% em regiões do Nordeste a 98,2% em domicílios do Centro-Oestre. Ao considerar a capilarização do telefone fixo, as diferenças regionais são maiores.

Os dados de 2021 indicam que o Sudeste possuía a maior taxa de telefone fixo por domicílio, 22,7%. As regiões Nordeste e Norte apresentavam taxa de 5,9% e 5,5%, respectivamente.