A Rússia iniciou sua invasão militar na Ucrânia nas primeiras horas desta manhã (horário de Brasília). Após o começo da mobilização russa, houve registros de bombardeios e ataques às tropas de fronteira ucranianas, bem como a movimentação de tanques. A ofensiva russa fez soar as sirenes de emergência na Ucrânia e o presidente Vladimir Zelensky impôs a lei marcial no país.
De acordo com guardas que estão na fronteira ucraniana, tropas russas entraram pela região norte de Kiev da Bielorus para realizar ataques com mísseis contra alvos militares. Além disso, também houve relatos de helicópteros não identificados voando perto da capital ucraniana. Autoridades ainda não divulgaram a situação
Em comunicado divulgado horas após o ataque russo, o Kremlin anunciou que a operação militar contra a Ucrânia continuaria pelo tempo necessário, dependendo da sua ‘’relevância’’ e ‘’resultado’’, e que os russos deveriam apoiar tal ataque.
Pronunciamento da Rússia
O porta-voz Dmitry Peskov, da presidência russa contou aos repórteres que Moscou pretende ficar na “neutralidade” à Ucrânia, desmilitarizando-a e eliminando o que ele descreveu como “nazistas” no país. Peskov disse que a Rússia criou meios de segurança suficientes para lidar com a volatilidade do mercado e ainda afirmou que a reação “emocional” à invasão da Ucrânia pela Rússia se estabilizaria.
No entanto, o porta-voz afirmou que estão para ser tomadas todas as medidas necessárias para que a reação do mercado seja a mais breve possível. Vários países, incluindo Estados Unidos, Canada, França, Alemanha e Reino Unido impuseram sanções à Rússia nos últimos dias.
Sobre a ‘operação militar especial’
O ataque russo começou depois que o presidente russo, Vladimir Putin, aprovou o que chamou de “operação militar especial” da Rússia no leste da Ucrânia e enviou uma mensagem para aqueles que tentarem se meter. O presidente Putin se pronunciou ontem (23).
Para entender melhor, voltaremos ao século 17
Segundo a Enciclopédia Britânica, no século 17, Ucrânia se tornou parte do Império Russo, e ambos foram reorganizados nas províncias russas e administradas por governadores, e nomeados por São Petersburgo. Então, a partir dessa época até a chegada do século 20, a União Soviética (URSS) e a Rússia implementaram um programa nomeado de “russificação” para impedir a identidade nacional da Ucrânia.
Contudo, após 1917 na Revolução Russa, o fim da Primeira Guerra Mundial, a Ucrânia virou independente brevemente até fazer parte da União Soviética no começo da década de 1920. Com isso, no ano de 1941, enquanto acontecia a Segunda Guerra Mundial, o território foi invadido e ocupado pela Alemanha, e após esse acontecimento a Rússia só conseguiu recuperar o controle desse país em 1944, expandindo as fronteiras para que os territórios da Polônia, Romênia e República Tcheca forem apreendidos.
Como chegou ao conflito atual?
O presidente da Rússia quer que os Estados Unidos e seus aliados impeçam a Ucrânia e outras nações soviéticas de entrarem na Otan, não coloquem equipamentos militares perto da Rússia e retirem as forças da coalizão da Europa Oriental. Washington e a Otan rejeitaram essas exigências, mas se ofereceram para discutir possíveis restrições ao uso de mísseis, maior transparência nos exercícios militares e outras medidas de fortalecimento da confiança.
Putin ainda não respondeu formalmente à proposta do Ocidente, mas a descreveu como secundária, alertando que não usaria “não” como resposta às suas principais demandas. Ele refutou as alegações ocidentais sobre a política de portas abertas da Otan, argumentando que ela ameaçava a Rússia e violava o princípio de “segurança indivisível” em acordos internacionais.
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