Preconceito é barreira para acessar mercado de trabalho para PCDs
É sabido que as pessoas deficientes enfrentam barreiras no mercado de trabalho. Grande parte desses obstáculos fazem parte do capacitismo no mundo corporativo.
O IBGE revela que 24% dos brasileiros possuem alguma deficiência. No entanto, embora esse dado esteja presente na realidade brasileira, um levantamento feito pelo Instituto Olga Kos nos mostra que apenas 2,74% ocupam alguma atividade laboral.
O presidente da instituição, Wolf Kos, afirmou à CNN que as barreiras vão além da dificuldade para se inserir, para conseguir acesso aos cargos. A população com deficiência também sofre com disparidade entre salários. Devido a baixa escolaridade, as remunerações se associam aos subempregos. Os salários variam entre 1 e 1,5.
Segundo Fábio Mariano, diretor de diversidade da 99 Jobs, em seu caso, ao fazer o exame admissional a médica responsável disse que ele não seria capaz de executar a função. No entanto, ele diz que conseguiu provar a ela que seria capaz. E ela mesma percebeu isso, Mariano diz que caso ele não possuísse a oratória, ou não conhecesse ao menos um pouco sobre sua condição, ele teria perdido a oportunidade.
Outro exemplo de superação é o ex-jogador e campeão mundial de futebol, um vasto currículo, Mizael Conrado de Oliveira.
Mizael diz que, enquanto jovem, notou que os desafios já começaram durante o período acadêmico. Mesmo com a garantia de uma bolsa de 90%, a escola se recusava a admiti-lo em razão da falta de infraestrutura para comportar pessoas com deficiências. Ele diz que teve de ir ao Ministério da Educação para se matricular.
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