Pesquisas apontam que apenas cerca de 3,5% das empresas possuem mulheres CEO

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Não há dúvidas de que o caminho para alcançar a igualdade de gênero no mercado organizacional continua sendo extremamente longo. Dessa forma, de acordo com uma pesquisa que foi realizada pela BR Rating, uma agência brasileira de classificação da governança corporativa, apenas 3,5% das empresas possuem uma CEO mulher. Além disso, os dados também revelam que os homens ocupam cerca de 84% dos cargos de direção, enquanto as mulheres são apenas 16% nos mesmos cargos.

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Das empresas que foram pesquisadas, quase metade delas disseram ter apenas homens na liderança, o que equivale a cerca de 42% das organizações. Enquanto isso, 56% possuem mulheres e homens e apenas 2% contam somente com mulheres na liderança.

Vale lembrar que no setor varejista, empresas de comunicação e de bens de consumo, as mulheres ganham em média 7,5% a menos do que os homens. Contudo, nos setores de siderurgia, mineração, metalurgia, engenharia e construção civil, esse número sobe ainda mais e alcança 23%.

Diversidade

Ronald Bozza, sócio da BR Rating afirma que a diversidade sem dúvidas é um valor muito importante que compõe o modelo ESG. Segundo ele, é necessário que além das mulheres e homens heterossexuais, uma empresa também conte com a participação cada vez mais do grupo LGBTQIA+, pois todos esses talentos juntos poderão contribuir para o desenvolvimento contínuo dos negócios.

Além disso, investir na diversidade da sua empresa pode trazer diversas outras vantagens, pois haverá uma gestão de riscos melhor e a organização poderá oferecer mais oportunidades de inovação para todos os grupos. Com isso, irá aumentar a conexão com o público formado por diferentes culturas e alcançar um grupo maior de pessoas que irão se identificar.

Sucesso feminino

A CEO Glória Miranda lidera desde 2019 toda a transformação da plataforma Vá de Táxi, um aplicativo que trabalha com taxistas. Segundo ela, com o crescimento da concorrência dos aplicativos de motorista e a queda que houve na demanda durante a pandemia de Covid-19, a solução foi aumentar o número de serviços diferenciados prestados. Dessa forma, aproximadamente 200 taxistas paulistas foram treinados para prestar seus serviços aos clientes de seguradoras, trocando pneus, recarregando baterias, entre muitas outras atividades.

Glória afirmou que seu objetivo ao assumir a Vá de Táxi era muito claro, expandir toda a empresa não apenas no setor corporativo (que era o objetivo principal antes), mas também no mercado de pessoas físicas. Assim, durante a pandemia, a empresa escolheu repensar todo o modelo de negócios, com o intuito de expandir para a mobilidade e também para o mercado de prestação de serviços.

A ideia funcionou muito bem e logo será estendida a outros estados. Todavia, o objetivo de Glória é, além de expandir para outros lugares, ampliar a quantidade de serviços a serem oferecidos. Os taxistas também receberão treinamentos para realizar serviços residenciais, como trocas de sifões de pia, instalações de prateleiras e até mesmo troca de torneiras. Em suma, a tendência é que daqui para frente o número de mulheres CEOs aumente cada vez mais e que possam trazer ideias inovadoras e novas perspectivas para as empresas e para o mercado de trabalho.

Veja também: Os desafios da maternidade na carreira e na vida das mulheres

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