Desemprego apresenta queda a 9,1% no trimestre que abril encerra, segundo divulgação do IBGE.
Se compararmos com o trimestre terminado em abril, a queda foi de 1,4% p.p. Os dados compõem a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
Desde dezembro de 2015, esse é o menor índice. A mediana ponderada pelo mercado financeiro indicava 9%.
Desemprego recua e ocupação bate recorde
A série iniciada em 2012, que trata sobre a ocupação da população, também bateu recorde. O contingente de ocupação atingiu 98,7 milhões de pessoas no país. Quando olhamos para o rendimento médio real, também vemos aumento após dois anos. O valor chegou em R$ 2.693 nesse trimestre.
Em termos de comparação, o semestre anterior teve alta de 2,9%, e segundo o mesmo trimestre do ano passado, foi 2,9% menor.
Segundo o instituto, o volume de rendimento real habitual foi R$ 260,7 bilhões, em comparação ao trimestre que abril encerra, o avanço representou 5,3%. Comparando o quadro atual, esse aumento vai a 6,1%.
O termo ocupação neste contexto representa o percentual de pessoas em idade ativa, ou seja, idade em que é possível exercer atividades de produção econômica. A taxa registrada foi de 57%, em relação ao trimestre anterior, representou queda de 1.1 p.p. Se olharmos para o mesmo período do ano passado, essa queda se acentua a 4,1% p.p.
Os motivos que influenciaram a queda do desemprego em julho, aponta o instituto, foi no âmbito “Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas”, com acréscimo de 692 mil pessoas, o que representa 3,7% de alta em relação ao trimestre precedente.
Com alta de 3,9%, representando 648 mil pessoas a mais, o segmento “Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais” também influenciou nessa dinâmica.
Crescimento disseminado
De acordo com o IBGE, o crescimento dos empregos foi difundido pelas categorias. Os trabalhadores domésticos são destaque: alta de 4,4% em relação ao trimestre que abril encerra, isto representa 5,9 milhões de pessoas. O número de empregadores também cresceu, 3,9%, 4,3 milhões de pessoas.
Alcançando 35,8 milhões de pessoas, o aumento de serviços com carteira assinada no setor privado foi de 1,6%. O crescimento do trabalho autônomo também avançou, 1,3%; representando 25,9 milhões de pessoas.
Índice de Confiança Empresarial
Segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas), o índice subiu 2,2% em agosto em comparação com julho. Alcançou 100,7 pontos e retoma tendência ascendente observada em março.
O superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (ibre/FGV), Aloisio Campelo Júnior, disse que os quatro grandes setores da economia apresentaram nível de confiança próximos, indicando uma normalização das atividades, que passaram por forte turbulência devido à crise sanitária. Ainda segundo ele, cada setor foi afetado de forma diferente.
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Formado em Marketing e T.I, amante do jornalismo, músico, trabalha como redator no portal Boas Ideias.
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