Carnaval de 2023 deve movimentar R$ 8 bi e anima produtores e empresas

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Dois anos depois, a festa popular volta a ter abrangência nacional, atraindo cerca de 46 milhões de pessoas para a folia de 2023.

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Após as restrições devido à pandemia de Covid, o carnaval está de volta às ruas do Brasil. Na primeira edição, novamente “100%” festas populares, empresas e produtores culturais têm grandes esperanças no evento, que este ano vai movimentar mais de 8 bilhões de reais em vendas e atrair a atenção dos estrangeiros que chegam ao Brasil Centenas de milhões de dólares para a festa. Ao todo, o Ministério do Turismo estima que 46 milhões de pessoas no país vão pular o carnaval em 2023.

Além de ser um dos últimos grandes momentos de confraternização antes da pandemia, os carnavais são um motor vital da economia, grande parte da receita das empresas envolvidas na produção e comercialização de eventos.

Anos parados por conta da Covid-19

Em 2021 até 2022, algumas capitais não autorizaram os festejos carnavalescos para controlar a Covid, o que acabou tirando uma fonte de renda da economia nos últimos dois anos. Enquanto isso, durante esse período o avanço da vacinação foi um alivio para reduzir o contagio e estabilizar o nível baixo de infecções. A tendência esse ano é voltar a gerar receita.

Expectativa para o carnaval 2023

O carnaval deve movimentar R$ 8,2 bilhões, alta de 26,9% em relação a 2022, mas ainda 3,3% abaixo do recorde de 2020, o último antes da pandemia. Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que realizou o levantamento, a virada nos resultados financeiros não foi resultado apenas dos juros altos do país e do aperto monetário para conter a inflação.

Segmentos que vão girar a economia

Além disso, segundo a CNC, aproximadamente 85% da receita deve ser gerada por três segmentos: bares e restaurantes (com faturamento estimado em 3,63 bilhões de reais), transporte de passageiros, que pode beneficiar empresas listadas como Latam, Azul (AZUL4) ) e Gol (GOLL4), (R$ 2,35 bilhões), e hospedagem e  hotelaria (R$ 890 milhões).

As empresas de lazer e cultura devem movimentar R$ 780 milhões, enquanto R$ 530 milhões virão de outros setores, como aluguel de carros, com grandes players como Localiza (RENT3) e Movida (MOVI3), e agências de viagens, como CVC (CVCB3) e Decolar (DESP).

O fluxo de dólares também deve importar, mas não há estimativas oficiais. Em comparação, cerca de 670.000 turistas visitaram o Brasil para o Carnaval em 2020, trazendo US$ 478 milhões para o país.

Os bilhões e milhões no carnaval de rua

Nas principais ruas da capital do país, os “bloquinhos” e o trio garantiriam ajuntamentos de milhões e arriscariam bilhões de reais. Em São Paulo, que se tornou referência no carnaval de rua na última década, são esperados 15 milhões de pessoas nos bairros da capital, com um faturamento estimado em 3 bilhões de reais.

Além de São Paulo, o carnaval de rua do Rio de Janeiro deve receber 5 milhões de visitantes, com potencial de faturamento de cerca de 1 bilhão de reais. Ao longo do Carnaval, levando em conta os fechamentos, a expectativa é chegar a 5 bilhões de reais.

A Bahia, um dos maiores carnavais do mundo, deve receber cerca de 800 mil visitantes que vão ajudar a movimentar R$ 2,4 bilhões no estado, segundo a Federação Empresarial da Bahia (Fecomércio-BA).

Empregos gerados pelo carnaval

A CNC estima-se que a demanda extra por serviços de viagens durante o carnaval possa criar 24,6 mil empregos temporários este ano. A expectativa é empregar 4,4 mil cozinheiros, 3,45 mil de auxiliares de cozinha e 2,21 mil de profissionais de limpeza. São 9,4 mil empregos a mais do que em 2021, mas 1,5 mil a menos que no último carnaval antes da pandemia.

O maior número de vagas temporárias para comemorações foi em 2014, quando a proximidade da Copa do Mundo no Brasil impulsionou a contratação de 55,6 mil profissionais.

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