Pobreza no Brasil: 62,5 milhões de pessoas em 2021
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira (2) uma análise sobre a situação de pobreza e extrema pobreza no país. De acordo com o estudo, o ano de 2021 registrou recorde no número de pessoas nessa situação.
Durante o ano passado, o número de pessoas consideradas nessa situação foi de 62,5 milhões de pessoas. O número equivalia a 29,4% da população total – que é de 212,6 milhões. Desse total de 62,5 milhões de brasileiros, aproximadamente 17,9 milhões estão em situação de extrema miséria. Esse número equivalia a 8,4% do total de brasileiros.
Ambos os aspectos na análise – contingentes e percentuais – são recordes dentro da série histórica, que teve início em 2012, de acordo com o instituto.
Os dados fazem parte da ISI (Síntese de Indicadores Sociais), uma publicação do IBGE responsável pela análise de estatísticas em áreas como trabalho, saúde.
Agravo da situação
A análise da situação indica crescimento de 22,7% no ano passado; em relação a 2020 (51 milhões), isso significa que 11,6 milhões de pessoas entraram nesse critério. Na situação de extrema pobreza também houve piora, a diferença do ano passado em relação a 2020 foi de 48,2%; o que equivale a 5,8 milhões de pessoas a mais nesta situação.
Critérios de análise
O IBGE utiliza o critério do Banco Mundial para definir os conceitos de pobreza e extrema pobreza. Segundo o PPC (Poder de Paridade de Compra), pessoas que vivem com menos de US$ 5,50 por dia, estão sob a linha da pobreza. Já as que vivem com menos de US$ 1,90 estão sob a linha da extrema pobreza.
De acordo com o instituto, as medidas tomadas pelo governo para conter a degradação socio econômica ajudaram a diminuir a taxa de pobreza. O percentual chegou a 24,1%, mantendo-se abaixo do percentual registrado em 2019; 25,9%.
Em termos de extrema pobreza, o percentual também registrou diminuição para 5,7% em 2020. Em 2019 essa taxa havia chegado a 6,8%.
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