Empreendedorismo Feminino; desafios e contexto atual

Empreendedorismo Feminino; desafios e contexto atual

Uma pesquisa realizada pelo Sebrae, com base em dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), indica que há 10,1 milhões de mulheres em posição de liderança à frente de um negócio no quatro trimestre do ano passado.

No último sábado, dia 19, foi celebrado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, o tema ganha mais significado quando observado o panorama das mulheres negras neste contexto. Um levantamento da Gestão Kairós, intitulado Diversidade, Representatividade e Percepção – Censo Multissetorial 2022, apresenta o percentual de 25% da liderança das empresas nas mãos de mulheres. Enquanto apenas 17% são negras.

Empreendedorismo negro e feminino

De acordo com dados de 2019, em um levantamento sobre empreendedorismo negro de 2019, havia 9,6 milhões de mulheres em cargos de liderança. O número de mulheres negras são metade desse número, chegando a 4,7 milhões. A 13ª Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios indica que o impacto da pandemia sobre essa população é ainda mais significativo. Em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), a pesquisa mostra que 76% das empreendedoras negras tiveram queda no faturamento de seus negócios.

Faturamento delas

Conforme pesquisa do Instituto Rede Mulher Empreendedora, 63% das mulheres que empreendem ganham até R$ 2.500. Por outro lado, o percentual de homens que ganham mais do que esse valor – e teto de até 10 mil reais, chega a 50%. Sob esse mesmo aspecto analisado, o percentual de mulheres chega a 38%.

A informalidade assola o país em todos os recortes demográficos, não seria diferente entre as mulheres. A proporção de mulheres que não possuem CNPJ indica variações em cada macrorregião, por exemplo; 49% no Centro-Oeste, 41% no Sudeste, 43% no Sul. Enquanto o Nordeste e Norte chegam a 63% e 75%, respectivamente.

Ainda segundo a pesquisa, 41% das empreendedoras dizem que a receita gerada por seus negócios não é suficiente para pagar as despesas. Enquanto 35% afirmam que os negócios geram receitas suficientes para pagarem o custo das despesas. Quando o aspecto diz respeito a ser autossuficiente e poder poupar parte do valor gerado, apenas 11% das empreendedoras afirmam estarem nessa posição.