Quiet Quitting: entenda o termo corporativo
O engajamento no mundo das empresas é algo amplamente debatido. Workshops, palestras, eventos que buscam motivar, inúmeras formas de engajamento são exploradas afim de se alcançar resultados.
William Kahn, um dos pensadores a respeito do mundo do trabalho, é conhecido, também, como o “pai do engajamento”. O termo foi cunhado em um artigo publicado nos anos 1990 e tem a ver com funcionários de empresas.
O termo engajamento gerou um campo próprio de consultorias corporativas e formas de pesquisas que lucram com resultados sobre o quão uma empresa possui funcionários motivados.
No entanto, Kahn diz que não recebeu com muito entusiasmo a forma como o termo foi sendo utilizado por gestores e consultores nos últimos 30 anos. Ele falou um pouco sobre o novo fenômeno presente no Tik Tok, o Quiet Quitting, “desistência silenciosa”, que trata de conceituar a criação de um limite bem definido entre vida profissional e vida privada.
Segundo ele, o termo foi adaptado mudando o foco da pessoa para o aspecto de funcionário de uma empresa. Na verdade, as pesquisas foram pautadas sobre o quanto pode ser absorvido e consumado em função da empresa. A ideia original preconiza analisar a conexão individual e pessoal dos profissionais com seu trabalho.
De acordo com a Gallup, apenas 32% dos funcionários dizem estar engajados com seu trabalho.
Percepções de Kahn
De acordo com o entrevistador da revista Forbes, McGregor, o termo “engajamento” tornou-se menos sobre a relação da pessoa com seu trabalho, e mais sobre sua submissão a trabalhos extras que ultrapassem sua demanda habitual.
Segundo Kahn, as organizações querem entender como podem otimizar seus investimentos. Não há como não pensar em exploração. As empresas buscam sempre mais resultado, sem ter que, necessariamente, pagar mais por isso.
Para ele, 80% das empresas utilizam a métrica [de engajamento] sem nenhum tipo de reflexão.
O que pensa Kahn sobre o Quiet Quitting?
Kahn considera esse movimento como uma espécie de “desengajamento”. Ele vê isso como uma forma de mudança de poder. ‘Desistir em silêncio’ seria como os trabalhadores retomando sua autonomia e controle.
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