Com explosão nos preços de roupas, brechós se tornaram alternativas na crise

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A alta inflação tem feito os preços dos produtos e serviços dispararem, afetando praticamente todos os setores da economia. Um dos tentáculos mais importantes desta engrenagem é o setor comercial, que tem sofrido muito com os altos preços. O comércio de roupas tem sido bastante afetado e as pessoas têm recorrido a peças mais baratas para renovar o guarda-roupas. Para se ter uma ideia, a alta nos vestuários registrou um acumulado de 16,08% entre maio do ano passado e o mesmo mês deste ano, segundo um cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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Muitas pessoas, no entanto, não deixaram de adquirir peças de vestuário de luxo, ou “de marca”, como popularmente são chamadas. E é aí que entram os brechós e sebos, que se tornaram mais comuns de serem vistos por aí. Durante o ano de 2021 e todo o primeiro semestre deste ano, o número de lojas abertas neste novo modelo de negócio foi de 6,7 mil, segundo um levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

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Essa quantidade é bastante semelhante à de aberturas nos dois anos totais anteriores (2019 e 2020), que foi de 7,1 unidades, ou seja, uma diferença de somente 6% – isso sem contar o segundo semestre de 2022. O dado contempla o pequeno varejo de produtos de segunda mão, sem tirar as lojas que fecharam as portas no mesmo período.

Dificuldades

O aumento no valor das roupas, sejam elas de luxo ou não, se deu por uma série de fatores que incluem a pandemia de Covid-19 – que isolou as pessoas, atrapalhando o processo de produção -, a alta do dólar e a valorização do mesmo.

Houve aumento na importação para as roupas de luxo e tudo isso tem gerado uma explosão nos preços em terras brasileiras. Esse efeito dominó gerou uma situação financeira que reduziu o poder de compra do brasileiro, que passou a buscar meios de aumentar a renda. Um deles foram os brechós e bazares.

Alternativa

Mais do que um comércio que pode oferecer roupas de luxo por um preço bem mais acessível aos clientes, o brechó também pode ser um meio de renda para quem resolve abrir um. Ele também funciona como um meio de o comerciante negociar roupas em ótimas condições que não estão sendo utilizadas, liberando ainda espaço no guarda-roupas.

Grandes corporações de moda têm colocado o comércio de usados no radar. Recentemente, o grupo Jereissati, detentor da rede de shoppings Iguatemi, adquiriu uma parcela do site Etiqueta Única, injetando R$ 27 milhões no negócio. Outra que aproveitou o momento foi a Arezzo&Co, que comprou o brechó virtual Troc.

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