
A venda de material escolar, devido a grande demanda é um dos principais impulsionadores do comércio no mês de janeiro. Isso acontece porque é a época em que pais e estudantes se preparam para o início do ano letivo.
Este período é caracterizado por alta demanda em papelarias, supermercados e lojas online, criando oportunidades significativas para o setor. Estar preparado, pode garantir um bom faturamento e fidelizar clientes para o restante do ano para empreendedores do setor.
Fatores para o aquecimento do setor
O aquecimento das vendas de material escolar em janeiro é um termômetro para o setor varejista, marcando o início de um ciclo positivo para o comércio em geral. Investir em estratégias específicas para esse período pode garantir resultados expressivos e fidelização de clientes.
Abaixo estão os principais fatores que explicam esse aquecimento:
1. Forte demanda de consumidores
– Pais e responsáveis: a busca por itens essenciais, como cadernos, mochilas, canetas, e livros, intensifica-se com o retorno às aulas.
– Escolas: a entrega de listas de materiais estimula as compras em massa, principalmente em lojas físicas.
2. Aumento de faturamento
– Crescimento de vendas: alguns estabelecimentos registram aumentos de até 80% nas vendas de janeiro em comparação com meses anteriores.
– Produtos mais vendidos: cadernos, lápis, mochilas, estojos e agendas lideram as listas de itens adquiridos.
3. Estratégias comerciais
– Promoções e descontos: muitas lojas criam campanhas de volta às aulas para atrair consumidores, como kits promocionais e descontos em compras maiores.
– Parcelamento e condições especiais: facilidades no pagamento ajudam a aumentar o ticket médio.
4. Influência do e-Commerce
– Crescimento online: a compra de materiais escolares pela internet também tem crescido, com destaque para marketplaces e lojas especializadas.
– Comodidade: a possibilidade de comparar preços e receber os produtos em casa atrai um número cada vez maior de consumidores.
5. Impacto econômico
– Movimentação do setor: janeiro é um mês crucial para o segmento de papelarias e lojas especializadas, muitas vezes representando até 30% do faturamento anual.
– Geração de empregos temporários: o aumento da demanda também impulsiona a contratação de trabalhadores para atender o volume de vendas.
6. Sustentabilidade e inovação
– Tendência por produtos ecológicos: há um crescimento na procura por itens recicláveis e sustentáveis, especialmente entre consumidores mais conscientes.
– Materiais tecnológicos: tablets, acessórios digitais e itens tecnológicos começam a substituir os tradicionais em algumas escolas.
Empreendendo no setor de papelaria
Se você tem uma papelaria ou está planejando investir no setor, é importante aproveitar esse momento para:
– Planejar estoques: certifique-se de ter produtos populares e essenciais. Oferecer variedade também atrai mais clientes.
– Promoções e descontos: criar combos ou kits de materiais escolares pode aumentar as vendas.
– Divulgação estratégica: use redes sociais, panfletos e promoções para atrair o público-alvo.
– Diferenciação: ofereça produtos personalizados ou exclusivos, como cadernos decorados, para se destacar da concorrência.
– Facilidade de pagamento: aceitar parcelamentos pode atrair clientes que buscam melhores condições financeiras.
Os números da venda de material escolar no início do ano letivo
As vendas de material escolar no início do ano letivo apresentam um aumento significativo no comércio brasileiro. Em janeiro de 2019, houve um crescimento de 93% no volume de buscas por itens escolares na internet, conforme levantamento do Google.
Em 2024, lojistas previram um aumento nas vendas entre 8% e 9% em relação a janeiro de 2023, apesar de os preços dos materiais escolares estarem, em média, 8,5% mais altos. Essa elevação nos preços foi atribuída à inflação, à alta do dólar e ao aumento dos custos de produção.
Além disso, uma pesquisa realizada pelo Procon-SP identificou variações de preços de até 264% para o mesmo item entre diferentes lojas, destacando a importância de os consumidores pesquisarem antes de efetuar a compra.
Esses dados evidenciam que o período de volta às aulas é crucial para o varejo, impulsionando as vendas de materiais escolares e movimentando significativamente o mercado no início do ano
Perfil dos alunos que usam material escolar no Brasil
O perfil dos alunos que utilizam material escolar no Brasil é bastante diverso e reflete as características socioeconômicas e educacionais do país.
Esse perfil ajuda comerciantes e fabricantes a entenderem melhor as necessidades e preferências dos alunos para planejar estoques e campanhas de marketing mais eficazes.
Abaixo estão alguns aspectos desse perfil:
1. Faixa etária
– Educação infantil (0 a 5 anos): crianças pequenas que utilizam materiais como lápis de cor, giz de cera, massinhas e papéis para atividades lúdicas e pedagógicas.
– Fundamental (6 a 14 anos): maior consumo de cadernos, lápis, borrachas, mochilas, e materiais de artes como canetinhas e réguas.
– Médio (15 a 18 anos): alunos que optam por materiais mais específicos, como calculadoras, fichários e cadernos universitários.
– Superior (18+ anos): consumidores de materiais mais especializados, como cadernos para anotações, agendas, e itens tecnológicos como notebooks e tablets.
2. Renda familiar
– Classe média e alta: geralmente, optam por materiais de marcas renomadas, personalizações e itens de maior qualidade.
– Classe baixa: buscam por itens básicos e com bom custo-benefício, muitas vezes aproveitando programas governamentais ou iniciativas de doação.
3. Região
– Regiões urbanas: maior acesso a variedade de produtos e redes de papelarias.
– Regiões rurais: muitas vezes, os alunos têm acesso limitado e dependem de kits fornecidos por escolas públicas.
4. Escolas Públicas x Privadas
– Públicas: o governo frequentemente fornece kits básicos, mas as famílias ainda precisam adquirir itens adicionais.
– Privadas: os alunos tendem a usar materiais mais personalizados, seguindo listas específicas com requisitos detalhados.
5. Tendências
– Sustentabilidade: cresce a demanda por materiais recicláveis ou ecológicos, principalmente entre os mais jovens e famílias preocupadas com o meio ambiente.
– Tecnologia: tablets e notebooks estão se tornando cada vez mais comuns em substituição a materiais escolares tradicionais.
Setor público
O setor público oferece diversas oportunidades de negócios para quem trabalha ou quer investir no mercado de material escolar. Essas oportunidades podem ser exploradas por empresas que entendem as demandas específicas desse setor e estão preparadas para atender a requisitos técnicos e legais. Aqui estão algumas possibilidades:
Investir no fornecimento para o setor público exige preparo técnico e financeiro, mas pode gerar contratos de grande escala e fidelização no longo prazo.
1. Fornecimento para escolas públicas
O governo, em suas diversas esferas (municipal, estadual e federal), realiza compras de materiais escolares para distribuição a alunos da rede pública. Materiais como cadernos, lápis, mochilas, uniformes escolares, livros didáticos e kits de artes, tem muita demanda.
– Licitação: para participar os interessados devem se inscrever em processos de licitação pública, seguindo a Lei de Licitações (Lei 14.133/2021).
– Plataforma de compra: outra possibilidade é o empreendedor se cadastrar em plataformas como o ComprasNet ou sistemas regionais de compras públicas.
2. Programas governamentais
– Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD): Compra de materiais como livros e itens pedagógicos para escolas públicas.
– Kits escolares municipais: Muitos municípios oferecem kits escolares gratuitos, sendo uma oportunidade para fornecedores locais se destacarem.
3. Personalização de produtos
Governos e escolas públicas podem demandar produtos personalizados com logotipos ou cores específicas, como mochilas e uniformes. Empresas que oferecem customização em larga escala podem atender a essa demanda.
4. Sustentabilidade e inovação
Com o foco crescente na sustentabilidade, governos podem priorizar fornecedores que ofereçam materiais escolares recicláveis ou ecológicos, como cadernos de papel reciclado, canetas biodegradáveis e mochilas feitas de materiais sustentáveis. Uma forma de inovar é o empreendedor montar kits escolares com foco em tecnologia, como tablets e acessórios tecnológicos para o ensino.
5. Contratos com Prefeituras e Secretarias de Educação
Além das licitações, é possível oferecer serviços e produtos diretamente para prefeituras e secretarias de educação, especialmente em regiões menores. Esse fornecimento de materiais pode ser feito para oficinas pedagógicas, treinamentos de professores e eventos escolares.
6. Treinamento e consultoria
Além do fornecimento de materiais, empresas podem oferecer serviços como:
– Treinamento para professores sobre o uso de ferramentas tecnológicas e materiais pedagógicos.
– Consultoria em gestão de estoque de material escolar nas escolas públicas.
7. Parceiras com ONGs e projetos sociais
ONGs frequentemente recebem apoio governamental e compram materiais escolares para projetos educacionais em comunidades vulneráveis. Geralmente, isso se dá, por meio de fornecimento de kits escolares para programas de inclusão social ou alfabetização de jovens e adultos.
8. Logística e Distribuição
Governos frequentemente precisam de soluções para distribuir materiais em locais remotos. Empresas com expertise em logística podem se destacar ao oferecer esse serviço junto com a venda de materiais.
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