O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, disse que o país não vai fornecer petróleo a outros países caso as sanções impostas pelo Ocidente restrinjam o valor do barril de petróleo russo. De acordo com Novak, caso o valor imposto seja menor que o de custo para produzir o combustível fóssil, a Rússia deixará de comercializar o petróleo para o mercado global. Ainda segundo o vice-primeiro-ministro russo, não há como trabalhar tendo prejuízo.
A preocupação russa com o valor do petróleo ocorre porque países membros do G7 – que é o grupo de nações mais industrializadas do mundo e é composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido – querem limitar o valor que os russos podem receber por cada barril de petróleo. Inclusive, os países estão próximos de chegar a um acordo para isso.
Redução das exportações
A ideia é evitar que a Rússia tenha lucros com os constantes bombardeios feitos contra a Ucrânia. A guerra no leste europeu ocorre desde fevereiro de 2022. Especialistas acreditam que um teto entre U$$ 50 e U$$ 60 por barril possa ser o objetivo do G7. Só que, ainda de acordo com os especialistas, há um risco grande de a Rússia reduzir as exportações de petróleo.
A estimativa é de que haja uma redução de até 5 milhões de barris por dia – exatamente o que sinalizou fazer Alexander Novak. Isso não prejudicaria de forma excessiva o interesse econômico russo. A tendência é de que haja, então, uma retaliação da Rússia aos países do Ocidente, caso o teto se confirme.
A Rússia e o fornecimento de petróleo
A Rússia está entre os três países que mais fornecem petróleo no mundo, conforme apontam dados elaborados pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), compondo o ranking na terceira posição, com 10,94 milhões barris produzidos por dia. O país está atrás apenas de Estados Unidos (16,58 milhões) e Arábia Saudita (10,95 milhões). É um dos maiores e mais importantes fornecedores, mas mesmo com tamanha importância, a Rússia pode ter seu combustível fóssil desvalorizado com as sanções dos países do Ocidente por conta da invasão à Ucrânia.
Desde os primeiros dias de invasão, os países europeus e os Estados Unidos têm imposto diversas sanções econômicas aos russos, a fim de isolar economicamente o país e forçar uma trégua nos ataques contra a Ucrânia. Apesar disso, Vladimir Putin, presidente da Rússia, ainda não deixou de bombardear a Ucrânia, provocando uma guerra que já deixa dezenas de milhares de mortos no leste europeu.
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Formado em Marketing e T.I, amante do jornalismo, músico, trabalha como redator no portal Boas Ideias.
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