PEC do auxílio aos caminhoneiros desagrada categoria; proposta será votada na Câmara

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O auxílio de R$ 1 mil estipulado pelo governo federal aos caminhoneiros tem desagradado a categoria, que entende ser um valor muito baixo para suprir as necessidades e cobrir os gastos provocados pela alta do diesel. De acordo com a Associação brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), o valor é “uma afronta à nossa inteligência”.

Além disso, a entidade classificou o valor como uma “esmola” e disse que o auxílio serviria para compra de votos, visto que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que estipula o valor de R$ 1 mil, surge em um momento de agitação eleitoral decorrente das eleições presidenciais que vão acontecer em outubro deste ano no Brasil.

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Proposta da PEC

A PEC surge com a proposta de auxiliar os caminhoneiros autônomos com um voucher de R$ 1 mil e amenizar os impactos negativos provocados pela explosão no valor do combustível. Para especialistas, além de significar uma aproximação do governo com os caminhoneiros – trabalhadores fundamentais para as engrenagens da economia girarem perfeitamente -, o novo valor tem como objetivo dar uma trégua nas críticas que a classe tem feito ao governo e à política de preços da Petrobrás, que determina o valor dos combustíveis seguindo a variação do dólar, do barril de petróleo e de algumas outras variáveis.

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Além do voucher aos caminhoneiros, a PEC pretende terminar com a fila de espera do Auxílio Brasil (que tem hoje 1,6 milhão de famílias) além de aumentar o valor pago de R$ 400 para R$ 600; compensar a tarifa de transporte público para idosos destinando R$ 2,5 bilhões aos municípios; subsidiar 100% do valor do Auxílio Gás a cada dois meses aos beneficiários do programa; ampliar o programa Alimenta Brasil com a injeção de R$ 500 milhões; além de outros benefícios.

A PEC pode entrar em vigor quando?

Contudo, pela lei eleitoral, a PEC não poderia entrar em vigor agora, já que seria um ato realizado a menos de três meses das eleições e que poderia dar vantagem ao atual presidente na disputa – o que é proibido -. Mas com a inclusão da previsão do estado de emergência, o governo pretende tocar o projeto em frente.

Em suma, a proposta já foi aprovada pelo Senado, e agora precisa ser votada pela Câmara dos Deputados. No entanto, o presidente Arthur Lira (PP-AL) adiou a votação, entendendo que havia risco de o número de votos ser abaixo dos 308 necessários. Com o adiamento, o governo federal teme que os benefícios não cheguem à população antes das eleições.

Veja também: Senado Federal aprovou o Projeto de Lei para implementação do MEI caminhoneiro

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