BCE eleva juros em 0,75 p.p
A medida é inédita desde 1999. Em julho, o Banco Central Europeu iniciou o ciclo de alta começando com 0,5 p.p.
A zona do euro recebeu a notícia nesta quinta-feira (8), a taxa de depósito subiu para 0,75%. Em julho, o BCE optou por retirar a taxa de seu patamar negativo, de 0% ante -0,5%.
Essa subida da taxa já era esperada pelo mercado financeiro global, e se trata da primeira medida nesse sentido, desde a instauração da moeda no sistema que dinamiza a economia dos 19 países que integram o bloco.
Há outras duas taxas importantes que dizem respeito ao bloco, elas também sofreram alteração para cima. É a taxa de refinanciamento e de empréstimo. A alta também foi de 0,75 p.p, portanto, 1,25% e 1,5%, respectivamente.
Medidas para conter a inflação, segundo BCE
Esse movimento vem como resposta ao momento crítico da zona do euro. Em agosto, a análise feita sobre o acumulado de 12 meses indica que o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) alcançou 9,1%.
Além disso, as estimativas para a inflação deste ano e do ano que vem refletem o pessimismo sobre a conjuntura econômica. Para o BCE, este ano se encerrará com 8,1% de inflação. Ao passo que o ano que vem terá queda dessa taxa para 5,3% e 2,3% em 2024. No entanto, a meta é fixada em 2%, até lá, portanto, a estimativa estará acima do teto.
Segundo comunicado do órgão, outras altas estão no radar afim de desestimular a procura e prevenir a deslocação em sentido de ascendência das projeções de inflação.
Problemas internacionais como a guerra na Ucrânia, questões relacionadas à oferta e os efeitos cíclicos da alta de juros compõem o entendimento de que o cenário nos próximos meses deve ser de estagnação, pelo menos até o começo de 2023.
Expectativa de crescimento econômico
Ainda segundo o banco central, a estimativa de crescimento para este ano é de 3,1%. 0,9% para o ano que vem, e 1,9% para 2024.
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